Todos os anos pacientes são submetidos a uma ostomia intestinal oriundos de
doenças intestinais ou acidentes com objetos perfurocortantes. A palavra ostomia
deriva-se do grego “stoma”, significando “abertura”. É a exteriorização, através da
cirurgia, de uma parte do intestino por um orifício na parede abdominal visando um
novo trajeto para a saída das fezes, podendo ser temporário ou definitivo. Quando
feita no intestino grosso chama-se colostomia, no intestino delgado define-se
ileostomia. As complicações das ostomias intestinais podem ocorrer precocemente
ou após um período da sua confecção, comprometendo a qualidade de vida do
paciente. Objetiva-se identificar na literatura os fatores de riscos que contribuem
para o aparecimento de complicações das ostomias intestinais. Este trabalho
consiste em Revisão Integrativa da Literatura, com caráter exploratório, com busca
através dos bancos de dados da SciELO, LILACS e CNPQ, no período de setembro
de 2010 a outubro de 2019. Resultados: após a análise, inicialmente, 1842 estudos
foram lidos e selecionados por meio de critérios de inclusão e obtiveram-se 41
estudos. Após a eliminação dos estudos duplicados e leitura minuciosa, foram
excluídos 21, ficando apenas 20 para análise. Discussão: O estudo mostrou que
tiveram fatores de riscos que contribuíram para o aparecimento das complicações
intestinais, como destaque: demarcação da ostomia, autocuidado inadequado, a
baixa escolaridade onde afetam diretamente a reabilitação do paciente ostomizado.
As complicações mais recorrentes foram: hérnias, prolapso e dermatite. Conclui-se
que os fatores de riscos associados às complicações enfrentadas pelos pacientes
ostomizados podem ser minimizados se houver a capacitação da equipe de
intervenção cirúrgica e de enfermagem desde o período pré-operatório até o
acompanhamento às unidades de referência, através do planejamento assistencial
de reabilitação focado na necessidade individual e no contexto histórico do paciente.
O enfermeiro destaca-se como o principal responsável pela autonomia do
autocuidado, contribuindo para minimizar o sofrimento associado à cirurgia e suas
consequências, além de possibilitar a inserção do familiar na recuperação e
reinserção desse paciente.