Introdução: Sífilis é uma doença infectocontagiosa causada pelo Treponema Pallidum, sua
transmissão e por contato sexual desprotegido, que vem crescendo no mundo inteiro. Podendo ser
desenvolvida em qualquer fase de gestação, porém se tratada de forma adequada a chance de
transmissão vertical e bem menor. A infecção pode ser detectada através de exames laboratoriais
como o VDRL e testes rápidos, devem ser realizados no 1º e 3º trimestres de gestação. Objetivo
Conhecer a prevalência da sífilis congênita em recém-nascido internados na Unidade Terapia
Intensiva Neonatal do Hospital Santa Maria de Ananindeua entre o período de janeiro a
dezembro de 2017. Metodologia: Trata-se de uma pesquisa de abordagem quantitativa, de
caráter descritivo, exploratório, foram incluídos prontuários de gestantes e de recém-nascido com
diagnóstico de sífilis, atendidos neste hospital entre janeiro e dezembro de 2017. Este estudo foi
aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisa da Fundação Santa Casa de Misericórdia do Pará.
Resultados: De 2.767 gestantes que tiveram bebês no Hospital Santa Maria de Ananindeua, 22
gestantes foram diagnosticadas com sífilis, 50,00% tinha entre 20 e 25 anos, 90,91% eram pardas,
77,27% solteira, 40,91% tinha escolaaridade ignorada, 45,45% não tinha renda familiar
informada, 86,36% fizeram pré-natal, porém 31,58% iniciaram no 4ª mes de gestação; 10,50%
não realizaram consulta médica e 5,30% consulta de enfermagem, 86,36% realizaram exame para
detecção da sífilis, 85,72% realizaram o VDRL, 95,24% o resultado foi positivo, 28,60% o
diagnóstico foi no 6º mês de gestação e 10,00% no parto, 16,67% das gestantes e 44,44% dos
parceiros não trataram a sífilis. 81,82% dos RN nasceram com sífilis congenita, 88,89% foram
internados na UTI, 56,30% ficaram internados entre 10 a 13 dias, 774,99% dos RN foram
encaminhados para UREMIA após alta, 66,67% dos RN nasceram com complicações e 31,03%
tiveram a icterícia como complicação. Conclusões: observa-se que vários fatores podem estar
contribuindo com o aumento desta infecção, dentre elas as falhas nas assitencia pré-natal, faz-se
necessário trabalhar com educação em saúde no intuito de incentivar as gestante e seus parceiros
a realizar o tratamento, orientando-os quanto a importância da realização do mesmo e suas
complicações caso o tratamento não seja realizado de forma adequada.