A classificação de risco foi implantada com objetivo de reorganizar o fluxo de
usuários dos sistemas de saúde, buscando atender com agilidade compatível ao
grau de necessidade e complexidade exigido pelo caso clínico. Sendo essencial a
capacitação técnico-científica do profissional enfermeiro, responsável por avaliar e
direcionar os usuários, esclarecendo quaisquer dúvidas relacionadas, de maneira
humanizada e resolutiva. Este estudo objetiva verificar a percepção dos usuários
quanto ao acolhimento realizado pelo enfermeiro em uma Unidade de Pronto
Atendimento no município de Ananindeua, Pará. Trata-se de uma pesquisa Quanti-Qualitativa, de caráter descritivo exploratório, utilizou-se um formulário, que foi
aplicado à 154 usuários atendidos após a classificação de risco. Sendo inclusos
usuários com idade superior a 18 anos, de ambos os sexos, aptos a se comunicar
claramente. Este estudo foi realizado após autorização da Secretaria Municipal de
Saúde de Ananindeua, aprovação do Comitê de Ética em Pesquisa e assinatura do
Termo de Consentimento Livre e Esclarecido pelos usuários que aceitaram participar
do estudo. Dos usuários entrevistados, a maioria era do gênero feminino, da faixa
etária entre 18 a 29 anos de idade e possuíam ensino médio completo. O principal
motivo para atendimento na UPA foi a dor em geral, com tempo de espera médio
inferior a 30 minutos, a principal cor classificatória foi verde. Embora 75% dos
entrevistados não tenham recebido qualquer informação no momento do
acolhimento realizado pelo enfermeiro, 82% relataram concordar com a classificação
recebida. Apesar da notável falta de informação do público sobre o serviço prestado,
os mesmos demonstraram conhecimento do objetivo principal da classificação de
risco: priorização conforme a gravidade clínica.