Os deficientes compõem uma parcela significativa da população brasileira, mas
quando se fala da mulher os números ainda são menores. Este estudo objetiva
relatar a experiência vivenciada por mulheres com deficiência física nos MMII
durante o período gravídico-puerperal. Trata-se de um relato de experiência de
abordagem qualitativa, descritiva, os quais ocorreram em maternidades pública e
privada. Nesta pesquisa utilizou-se o instrumento de categorização dos dados para
facilitar a compreensão das experiências compartilhadas. Na assistência prestada
pelos profissionais durante o parto, uma das parturientes informou que recebeu
técnicas não farmacológicas para o alívio da dor e pode decidir a posição mais
confortável para parir. As outras parturientes relataram apenas o bom atendimento
da equipe de saúde, uma vez que foram submetidas a anestesia geral e não
acompanharam todos os procedimentos realizados durante a cesariana. Em relação
ao apoio familiar, uma das parturientes relatou falta de apoio principalmente de sua
mãe, que tentou fazê-la desistir da gravidez devido suas condições físicas. As outras
duas parturientes relataram afeto e incentivo durante todas as fases gestacionais.
Com relação a minimização da discriminação e do preconceito social, cabe a essas
mulheres buscar informação e conhecimento dos seus direitos e,
concomitantemente, à sociedade e aos profissionais da saúde apoiar e incentivar a
sua inclusão social respeitando esses os mesmos. As mulheres com deficiência
física também possuem sentimentos, sonhos, desejos como qualquer outra mulher
e, por isso, devem ser enxergadas muito além de suas condições físicas. Logo,
abordar este tema e discuti-lo amplamente é uma das maneiras de conscientizar a
sociedade e os profissionais de saúde a humanizar seus pensamentos, olhares e
atitudes para encorajar essas mulheres a não ter medo de realizar suas vontades e
de se superar dia após dia.