As Infecções Sexualmente Transmissíveis (ISTs) vêm sendo apresentadas
como um problema de saúde pública, inclusive nas penitenciárias, devido a sua
amplitude e a forma de aderir corretamente ao seu tratamento, pois a ausência ou a
inadequação dele podem ocasionar infertilidade, gravidez ectópica, câncer, abortos,
natimortos, Doenças Inflamatórias Pélvicas (DIP), além da proliferação do Vírus da
Imunodeficiência Humana (HIV). As ISTs são transmitidas através da relação sexual
desprotegida com uma pessoa que esteja infectada, e também por compartilhar
materiais perfurocortantes contaminados. As ISTs mais comuns são: herpes, HPV,
clamídia, sífilis, gonorreia, tricomoníase, hepatite B e C. Objetiva-se identificar os
principais fatores que podem contribuir para a propagação das infecções
sexualmente transmissíveis em mulheres encarceradas. Optou-se por uma pesquisa
de revisão da literatura, de caráter sistemática e descritiva. Utilizaram-se as bases
de dados: LILACS, SciELO e MEDLINE. Foram eleitas as bibliografias escritas em
português e inglês, publicadas no período de 2014 a 2018. Os estudos analisados
possibilitaram investigar os números de publicações realizadas nos anos de 2014 a
2018 e elencar as principais causas para a propagação de ISTs no cárcere feminino:
1) Fatores de risco que contribuem para a propagação das infecções sexualmente
transmissíveis no cárcere. 2) Acesso aos serviços de saúde no cárcere. 3)
Assistência de enfermagem no interior dos presídios. Conclui-se que as ações de
promoção e prevenção à saúde devem ser concretizadas e fundamentadas no
interior das penitenciárias, pois propiciarão aos profissionais de enfermagem
embasamento em suas práticas de cuidado. Para que se tenha um melhor controle
das ISTs nas pessoas privadas de liberdade, seria necessário aplicar testes
sorológicos (anti-HIV, anti-HCV, HBsAg e VDRL) no momento em que cada interno
adentrasse no presídio, com intuito de diagnosticar, proporcionar tratamento
imediato e prevenir contaminações.