No Norte do Brasil, os turus de manguezais são utilizados através do consumo alimentar, como
fortificante afrodisíaco, assim como também para o tratamento de diversas doenças, entre elas,
anemia e tuberculose, conforme o conhecimento empírico. A tuberculose (TB) é uma doença
infecciosa e transmissível causada pelo Mycobacterium tuberculosis, predominante em países
em desenvolvimento. Este estudo teve como objetivo relacionar as necessidades nutricionais de
pacientes diagnosticados com tuberculose e a composição físico-química do turu, no qual
poderá vir a fornecer informações científicas sobre a qualidade e a eficácia do mesmo, podendo
deste modo identificar se este molusco possui benefícios ou não ao tratamento da tuberculose,
relacionando a terapêutica nutricional popular com dados obtidos da composição deste molusco
para então utilizar o turu como uma opção terapêutica. Foram realizadas 3 coletas de turu nos
respectivos meses setembro, outubro e novembro e feitas as análises físico-química no
laboratório para obter dados específicos de umidades (76,63±0,46, 70,67±2,30 e 75,90±3,19),
cinzas (0,89±0,02, 0,42±0,03 e 0,99±0,02), lipídeos (0,13±0,008, 0,14±0,016 e 0,20±0,013),
proteínas (6,87±0,049, 5,64±0,018 e 6,57±0,026), carboidratos (15,70±0,46, 23,73±2,20 e
16,45±3,19), valor energético (91,46±1,86Kcal, 118,78±8,79Kcal e 93,88±12,26Kcal), pH
(6,33±0,094, 6,43±0,12 e 5,99±0,014), acidez (0,48±0,005, 0,64±0,05 e 0,74±0,02) e vitamina
C (0,62±0,05, 0,41±0,01 e 0,35±0,008), depois dos resultados obtidos foi feita comparação com
o levantamento das necessidades nutricionais mais comuns em pacientes diagnosticados com
tuberculose e obtivemos resultados promissores que evidenciam que o Turu se torna um aliado
ao tratamento da tuberculose devido ser comprovadamente um alimento rico em nutrientes
essenciais que se consumido corretamente pode suprir as necessidades nutricionais de um
indivíduo com tuberculose.