Esta monografia aborda o campo da história social e de políticas públicas voltado a
história da psiquiatria paraense, tendo por objetivo abordar e discutir a questão dos
loucos e da loucura em Belém do Pará em um recorte temporal pertencente ao século
XIX, especificamente os anos de 1887 a 1892, portanto, não foram feitas analises ou
considerações de uma doença mental específica, mas sim buscou saber de que forma
as pessoas que eram consideradas loucas viviam na capital paraense durante aquele
período, como elas eram vistas e tratadas pela sociedade, pelo poder público, quais
as condições e as estruturas dos manicômios, hospícios ou asilos em que muitas
vezes eram internadas e se havia algum tipo de política assistencialista a elas. Para
isso, as fontes que fundamentam esse trabalho de pesquisa são fontes obtidas
através da análise de documentos oficiais como relatórios provinciais, ofícios da Santa
Casa de Misericórdia do Pará e jornais que circulavam na época, além da utilização
de autores de distintas áreas de estudo que compõem e fundamentam a base teórica
deste trabalho, contribuindo para sua edificação e seu enriquecimento.